Porteirinha, um município já conhecido não só por suas riquezas naturais, culturais e pelo povo acolhedor, mas também pela perfeita articulação da sociedade civil organizada. E mais uma dessas parcerias de sucesso, fez com que a cidade desse um passo significativo na proteção das mulheres vítimas de violência doméstica. Através da parceria entre a Polícia Militar da cidade, o Ministério Público e o Poder Judiciário, foram inauguradas hoje as Salas de Recepção da Mulher Vítima de Violência e a Sala de Boletins de Ocorrência, visando oferecer um atendimento humanizado e mais eficiente à população.
A cerimônia de inauguração, realizada no auditório do moderno quartel da Polícia Militar da cidade, contou com a presença de autoridades locais, representantes das instituições envolvidas no projeto e membros da sociedade civil. O clima era de esperança e determinação para combater uma das questões mais delicadas e graves que afetam nossa sociedade: a violência contra a mulher.
Segundo o Comandante da 236ª Companhia de Polícia Militar de Porteirinha, Capitão Guilherme Rodrigues Santos, a Sala de Recepção da Mulher Vítima de Violência foi idealizada para ser um espaço acolhedor e seguro, destinado exclusivamente ao atendimento de mulheres que sofreram agressões ou ameaças dentro, ou fora de seus lares. A sala contará com militares capacitados, e especialmente treinados para lidar com as vítimas com empatia e respeito, garantindo que elas se sintam à vontade para relatar o ocorrido e buscar ajuda.
Já o Juiz de Direito da Comarca de Porteirinha, Rodrigo Fernando Di Gioia Colosimo, destacou a importância da iniciativa para a comunidade: “Esta sala, no quartel da Polícia Militar de Porteirinha, é o fruto da destinação de recursos oriundos de transações penais, de acordos de não persecuções penais, celebrados pelo Ministério Público e tratados pelo Poder Judiciário. Esta sala materializa o trabalho de conscientização e prevenção a violência doméstica, que vem sendo desenvolvido aqui na comarca.” Além disso, Rodrigo reforçou a mensagem de que a violência doméstica é inaceitável e que as vítimas não estão sozinhas: “Estamos com uma mudança de mentalidade aqui na comarca, em que não se admitirá nenhum tipo de agressão física, sexual ou moral em relação à mulher, quer seja no âmbito público ou privado.” Enfatizou o magistrado.
Na ocasião, também foi inaugurada a Sala de Boletins de Ocorrência, projetada para agilizar o registro das denúncias, garantindo que todos os relatos sejam tratados com rapidez e eficiência.
Com a inauguração da Sala de Recepção da Mulher Vítima de Violência e da Sala de Boletins de Ocorrência, Porteirinha dá um passo significativo rumo a uma sociedade mais justa e igualitária. A iniciativa é um exemplo inspirador de como a união de diferentes instituições pode fazer a diferença na proteção e garantia dos direitos das mulheres, fortalecendo a luta contra a violência doméstica em nosso país.
Fotografia em destaque: Bruno Robert Teixeira | Polícia Militar – Divulgação.